Foto: Luã Santos (Câmara/Divulgação)
Se não for candidato na chapa majoritária, o que implica na possibilidade de vitória, que ninguém duvide: Manoel Badke, o presidente da Câmara de Vereadores em 2024, está diante do último grande desafio que a política lhe impõe - dado que não concorrerá mais ao parlamento.
Não lhe faltam estofo nem experiência para enfrentá-lo, por certo. Mas é bom, e ele sabe disso, não se descuidar.
E essa dificuldade, que lhe caberá ultrapassar, advém de duas situações. Uma é a inexistência de contraponto interno na Mesa Diretora que ele passa a presidir. Como o acordo que o elegeu teve 16 votos, uma chapa de oposição não pode ser registrada – o que impede a existência da proporcionalidade. Enfim, uma proposta pura se elegeu. E, se houver discordância, será no mesmo campo, o que sempre é mais difícil enfrentar.
O segundo grande problema que pode (sim, pode) surgir provém do episódio eleitoral de 2024. Badke tem a respaldá-lo apoiadores de pelo menos três candidaturas distintas a prefeito. Não, não é fácil. Embora todos sejam do centro para a direita, há divergências inconciliáveis – tanto que concorrem separados.
Assim é que, se mantido o quadro atual, Badke (que ainda poderá ser vice de um deles) terá de gerir interesses não raro conflitantes, entre apoiadores das pré-candidaturas do Podemos (o vereador Tony Oliveira, secretário da nova Mesa Diretora), do MDB (Beto Fantinel e seus três edis no parlamento) e do PSDB (Rodrigo Decimo, que tende a ser apoiado pelo próprio Badke, além dos tucanos e do Republicanos).
Na nova Mesa Diretora (cuja foto ilustra esta nota), enfim, há interesses políticos diversos e que convergiram somente no desejo de deixar de fora “a esquerda”. Como eles vão se comportar em 2024? Ninguém tem ideia. Nem Manoel Badke.
Que saberá, é o que se imagina, geri-los, por conta de sua experiência. A ver.